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Tratamento para Testosterona Baixa: O Que Você Precisa Saber

Se você está se sentindo cansado, com a libido em queda, ganhando gordura abdominal e percebendo uma perda de energia e disposição no dia a dia, é possível que esteja enfrentando uma condição comum: a testosterona baixa. Como médico especialista em saúde hormonal masculina, recebo diariamente homens com esses sintomas, e muitos chegam com a ideia de que basta tomar uma injeção de testosterona para resolver tudo. Mas a realidade é bem diferente — e é justamente sobre isso que quero falar aqui.

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O tratamento da testosterona baixa começa, antes de tudo, com um diagnóstico bem feito. Isso significa realizar exames de sangue, como a testosterona total, sempre de manhã e em duas datas diferentes. Mas o valor numérico isolado não basta. É a combinação dos exames com a presença de sintomas que realmente define se há ou não uma deficiência. Diretrizes internacionais, como a da American Urological Association, consideram 300 ng/dL como um ponto de corte, mas cada paciente precisa ser avaliado dentro do seu contexto. Não existe receita de bolo.

Além dos exames, o estilo de vida tem um peso enorme nesse processo. Em muitos casos, com a perda de peso, o sono regular e profundo, o início de uma rotina de exercícios e a redução do consumo de álcool e cigarro, já é possível observar uma melhora significativa nos níveis hormonais — e nos sintomas também. Essa base é tão importante que, mesmo quando usamos medicações, ela continua sendo essencial para o sucesso do tratamento.

Em situações onde o corpo ainda é capaz de produzir testosterona, existem medicamentos que estimulam essa produção de forma natural. O hCG, por exemplo, age diretamente no testículo, simulando o hormônio LH. Já o clomifeno e o tamoxifeno são comprimidos que estimulam a liberação de LH e FSH, ajudando tanto na produção de testosterona quanto na de espermatozoides. Esses métodos são especialmente indicados para quem deseja manter a fertilidade e evitar a atrofia testicular. Em alguns casos, também usamos inibidores de aromatase, como o anastrozol, quando há excesso de estradiol.

Mas quando os testículos já não respondem mais, é preciso considerar a reposição com testosterona exógena. Aqui entram as injeções, os géis ou os implantes. Cada forma tem suas vantagens e limitações, e a escolha vai depender do perfil do paciente, da resposta clínica e da preferência individual. O mais importante é lembrar que esse tipo de tratamento exige acompanhamento constante, porque pode interromper a produção natural de testosterona e afetar a fertilidade. Por isso, o monitoramento com exames como hemograma, PSA e estradiol é indispensável.

O objetivo do tratamento não é “turbinar” o corpo, e sim restabelecer níveis hormonais fisiológicos — entre 400 e 700 ng/dL — com melhora dos sintomas e o menor risco possível. Sempre de forma segura, baseada em evidências, com responsabilidade médica e foco na saúde a longo prazo.

Se você se identifica com esses sinais e quer entender qual caminho pode ser o mais indicado para o seu caso, procure um especialista. Testosterona baixa tem solução, mas é fundamental seguir o caminho certo, com avaliação completa, individualizada e acompanhamento de perto.



Dr. Luís Novaes - Médico focado em Saúde Masculina

CRM-SP: 175978


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